Conta mais...
Depois de passar um tempo longe do blog, to aqui, de volta. Não sobrou mais
tempo e #TODOSSABE que poucos sobrevivem de fotinhos e postagens bacanas. Há
excessões - mas não é o caso hahaha.
Neste período de ausência, fiquei muito ligada no Facebook (página pessoal)
e isso me deu a oportunidade de avaliar o comportamento humano de uma forma bem
interessante. Pessoas que eu conhecia "na vida real" se mostraram um tanto
diferentes no mundo virtual. Mais intensas, mais engraçadas, menos comedidas,
menos educadas e por aí vai. Aí resolvi escrever esse texto - uma forma bem
interessante de voltar com as postagens, na minha modesta opinião.
Expor a vida se tornou um hábito nas redes sociais - principalmente no tão
famigerado Facebook. O que mais se vê: indiretas amorosas, indiretas para
amigos, parentes e afins. Eu diria até que o face poderia ser apelidado
carinhosamente de Muro das Lamentações. Um reclama, cinco curtem, 3 ou 4
comentam e o apoio é geral. Fica até gostoso reclamar lá, porque você acaba não
se sentindo sozinho.. sua dor talvez diminua porque sempre tem aqueles que
curtem isso.
Mas não sai de graça: custa a sua privacidade. Isso mesmo, você expõe sua
vida mas em troca ganha a sensação de amigos compartilharem da sua dor e estarem
do seu lado. Leram isso? - SENSAÇÃO.
O ser humano - ou pelo menos grande parte deles - é carente por natureza e
adora ser notado, seja pelo lado feliz ou triste da vida. Se tá feliz tem que
postar uma foto com os amiguinhos, marcando o local e deixando bem claro para o
mundo: eu tenho muitos amigos, vou a lugares bacanas e minha vida é
interessante. Se tá triste posta umas frases do Caio Fernando de Abreu e o
recado tá dado. Sem contar a necessidade de ser notado, do mundo saber "No que você está
pensando". (que em alguns casos poderia ser substituído por "O que foi
agora?)
Você conhece uma pessoa na balada ou em qualquer outro lugar e junto com a
troca dos números de celular vem a pergunta: você tem face? Isso é de praxe -
quase um ritual... Por trás dessa pergunta está escondido o seguinte pensamento:
"quero saber mais da sua vida, quero ver suas fotos, conhecer seu humor, seu
time do coração, do que você gosta, do que você não gosta, se você é
retardado(!), o quanto de importância você dá ao seu trabalho, a
quantidade/frequência/tipo de bebida alcoolica que ingere e o quão popular você
é".
Se a referida pessoa diz que não tem face, você pensa: ah não.. fodeu!
Poxa, a maneira mais fácil de saber mais sobre ela foi arrancada de você
com requintes de crueldade!
Vai ser muito mais difícil sem o face né.. Como você vai poder entrar em contato com ela sem que tenha que ser pelo
celular? Como vai saber onde a pessoa está? Claro, se ela postou há 10 minutos
via celular ela tá na rua, se foi do computador ela ta em casa, se foi pra
balada no sábado passado e com quem, se tá disponível para bate papo dá até para
dar um "oi" inocente, sem parecer que estava ali aguardando anciosamente para
falar com a pessoa e, por fim, o mais legal: como vou poder mostrar o quanto sou
legal? Como vou deixá-la saber sobre o meu humor hoje? E se a gente ficar junto
e depois brigar, como vou fazer para dar umas indiretas, postar fotos com os
amigos e mostrar que estou bem?
Realmente, a vida fica mais complicada sem o Facebook...
As vezes fico imaginando que daqui a alguns anos vai ser obrigatório o nome
de perfil do Facebook no RG. Existe maneira melhor de saber "quem é" a
pessoa?
Empresas já estão fazendo isso... na entrevista para o emprego te perguntam
(e pedem) seu perfil. Lá você será melhor avaliado, rsrs.
E viva a modernidade, a era digital.. e aos 2.000 amigos virtuais que você
nunca teve e nunca terá na vida real.
O BGG tem face, já curtiram nossa fan page?
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1 comentários:
É verdade, até com parentes pedimos o tal fac.. e realmente dificilmente terei 2000amigos reais....
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